Representantes de Escolas Famílias Agrícolas dos estados do Piauí, Maranhão e Amapá estiveram reunidos de 6 a 9 deste, no município de Pedro II, no norte do estado. O evento aconteceu na sede da Fundação Santa Ângela e contou com a colaboração do INTERPI – Instituto de Terras do Piauí, UFPI - Universidade Federal do Piauí, BNB – Banco do Nordeste, Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, PCPR – Programa de Combate á Pobreza Rural e CPT - Comissão Pastoral da Terra.
Na manhã de ontem (08), o diretor geral do INTERPI, Francisco Guedes, falou sobre a atuação deste Instituto no nosso Estado. “O Piauí tem hoje uma política de regularização fundiária definida para dar segurança jurídica aos investidores que a cada dia chegam ao Piauí e garantir a sustentabilidade aos assentamentos rurais”, disse Guedes. O diretor também disse que vai enviar a relação das terras estaduais que estão à disposição para aplicar os investimentos do Crédito Fundiário para cada Escola Família Agrícola do Piauí e pediu a ajuda dos gestores para a compra destas terras, à disposição desde agosto do ano passado.
“O Nordeste está mais avançado que o norte do país na questão dos assentados. No Norte, os jovens não conseguem emplacar projetos no Pronaf Jovem, por exemplo. No Piauí, isso já existe”, disse Bianca Maria, uma das representantes do Amapá, que também elogiou o trabalho de regularização fundiária do Piauí.
De acordo com o coordenador da AEFAP - Associação dos Representantes destas Escolas no Piauí, Ariosto Moura, a atividade “serviu para contextualizar as experiências dos monitores das Escolas Famílias Agrícolas, para que eles sejam um agente fomentador das políticas Agrárias e Agrícolas, visando inserir os jovens nestas políticas”, disse Ariosto.
No Nordeste, as escolas começaram no Piauí
Existem hoje 13 escolas Famílias Agrícolas no Piauí, atendendo a cerca de 1200 jovens que, para fazer parte destas escolas, têm que ser filho de agricultor e morar no meio rural. O acesso é gratuito e o aluno fica 15 dias na escola e 15 dias em casa. Este trabalho é feito pela Fundação Santa Ângela, com sede em Pedro II; Fundação Pe Antonio Dante Siviero, em Teresina; e a Fundação Dom Edilberto, em Oeiras.
De acordo com o coordenador, Ariosto Moura, estas escolas surgiram no Piauí em 1987 no município de Aroazes e foi a primeira escola do Nordeste. Segundo ele, os alunos formados no nosso estado formaram outras escolas nos estados do Maranhão, Pará e Amapá. “Daí esta afinidade histórica e a necessidade dos encontros regulares para discutir formas para melhorar ainda mais a atuação de cada escola”, finalizou Ariosto.
09/11/06