“Estas famílias estão ocupando parte da área 150 mil hectares que foi transformada no ano de 1986 em área de preservação ambiental pelo IBAMA, a partir de uma solicitação de professores da UFPI, que buscavam suprir o cerrado piauiense de uma área de preservação. Embora sendo indenizadas com uma verba de compensação ambiental, advinda de uma decisão judicial em que a multinacional Bunge Alimentos vai pagar, em 5 anos, a quantia R$ 350 mil, estas famílias terão que deixar a área”, disse Guedes.
Um relatório da CPT – Comissão Pastoral da Terra, afirma que estas famílias estão em estado de desespero e manifestam o desejo de permanecer na terra, mas aceitam a proposta de que o Governo arrecade a fazenda Aroeira, situada naquelas proximidades, desde de que eles tenham a garantia (além da terra) de uma casa para cada família, transporte para mudança, indenização pelas benfeitorias, água, escola.
No final da reunião ficou decidido que o INCRA vai iniciar o processo de arrecadação da área da fazenda Aroeira, a qual, segundo o relatório da CPT, o proprietário está disposto a negociar a venda da terra para o Estado. “Estas terras ficam localizadas próximas à antiga área e ás margens do Rio Urucuí Preto. Alem disto, o IBAMA assumiu o compromisso de que as famílias só vão sair depois que o processo de transferência estiver completo”, assegurou Guedes.
03/05/06