A Consulta pública ao Marco de Política para povo indígena no âmbito do projeto Piauí – Pilares do Crescimento e Inclusão Social – IPF foi realizada na última quinta-feira, 28/3, no Centro de Treinamento do EMATER. Durante todo o dia, secretários, diretores, antropólogos e indígenas de diversas nações, discutiram sobre seu papel no Estado e manutenção de sua cultura. Hoje no Piauí existem cinco nações indígenas identificadas: Tabajara, Tabajara Ipy, Tabajara Tapuio, Itamaraty, Kariri e Gamela. As maiores reivindicações por parte dos povos indígenas são demarcação de terras, educação e assistência à saúde. Para iniciar a reunião, cacique e pajé da nação tabajara fizeram um toré, uma oração de inspiração e proteção.
Para o direito à terra, é necessário que se tenha regulamentação. Segundo o diretor-geral do INTERPI, Herbert Buenos Aires, é regularização fundiária de terras para que se entregue às comunidades indígenas. Elas devem passar por etapas comuns aos demais processos de regularização fundiária: georreferenciamento, levantamento de famílias e de situação fundiária. No encerramento do encontro, foi firmada a ação entre órgãos presentes. O INTERPI irá enviar o antropólogo do órgão ao município de Queimada Nova, onde se encontra a aldeia da nação Kariri. De acordo com o antropólogo Edmundo Fonseca Machado Júnior, consultor do INTERPI, os membros da comunidade serão ouvidos em suas demandas. Em um levantamento do Projeto Piauí tem Índio Sim, da SESAPI (Secretaria de Saúde do Piauí) existem cerca de 6.000 indígenas ou seus descendentes distribuídos em 36 municípios.