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Instituto de Terras do Piauí - INTERPI
Servidores do Interpi prestam homenagem a procurador aposentado
28/07/2015 - 14:36  
  
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Os servidores do Instituto de Terras do Piauí (Interpi) fizeram, nesta terça-feira, uma homenagem ao ex-procurador do órgão, Josué José Nogueira, que se aposentou, no último dia 15, depois de 28 anos de serviços prestados ao Instituto. O diretor-geral José Osmar Alves entregou a Josué um certificado que registra a homenagem e reconhece a importância dos serviços jurídicos prestados pelo homenageado à sociedade piauiense ao longo destes anos. 

AO RECEBER CERTIFICADO, JOSUÉ NOGUEIRA SE DISSE EMOCIONADO
Josué disse que tem boas recordações sobre seu trabalho no Interpi como diretor fundiário e como procurador autárquico. "As lembranças são as mais agradáveis possíveis. Aqui eu passei praticamente a metade da minha vida e só tenho recordações agradáveis. No Interpi, nós trabalhamos e dedicamos o melhor do nosso tempo na promoção da reforma agrária, nas acomodações sociais no campo e na prestação de serviços com amor e dedicação. Aqui é a nossa segunda casa e só nos deu muito prazer e alegria nestes 28 anos. Cheguei ao órgão quatro anos depois de sua fundação na década de 1980. Entrei na época do Diretor-geral Batista Dias, que tentou impulsionar o Instituto", explicou. 

Ele disse que alguns criticam as dificuldades em relação à reforma agrária, mas não entendem que isso é algo bastante caro e complexo. "Tem aqueles que só sabem cobrar, no entanto, não entendem a dinâmica que envolve o trabalho. Desde a feitura de uma diária, do trabalho de campo até a elaboração de título e outras ações do Interpi, tudo é complexo e caro. O interpi, historicamente, tem trabalhado com correção e seriedade", acrescentou

Josué falou sobre a legislação acerca da transferência de bens imóveis do Estado para a iniciativa privada. "Entramos no órgão logo após a constituição de 1988, e foi criada a lei que diz que os imóveis do Estado só serão transferidos para a iniciativa privada por autorização prévia da Assembleia Legislativa. O Estado, para não ficar travado na execução da reforma agrária, criou o contrato de concessão do direito real de uso que não transfere a titularidade real do imóvel, mas o uso e o gozo, permitindo que a pessoa explore e trabalhe na terra e, inclusive, possa dar a mesma em garantia à instituição bancária. Dizem que esse "dar em garantia à instituição bancária" é inconstitucional porque eventualmente o Estado poderia perder a sua titularidade, mas era o remédio da época e era com este instrumento que se trabalhava, como trabalhamos ainda hoje porque existem muitos e muitos títulos baseados na concessão do direito real de uso, talvez mais que as próprias vendas efetuadas pelo Estado neste período de 28 anos", falou Josué. 

SERVIDORES PRESTAM HOMENAGEM AO PROCURADOR APOSENTADO JOSUÉ NOGUEIRA
Ele disse que o trabalho do Interpi sempre foi voltado para a garantia da tranquilidade das pessoas que vivem no campo. "Nos tentamos durante este tempo trazer tranquilidade ao homem do campo, através da ações discriminatórias, através ações de arrecadação sumária e das ações de nulidade de atos jurídicos. Fizemos muitas e muitas ações visando que áreas indevidamente abocanhadas por iniciativas privadas e empresários inescrupulosos(que não todos) fossem devolvidas ao patrimônio do Estado; e nós o fizermos com sucesso em muitas e muitas ocasiões"  

Quanto aos Cerrados do Piauí, Josué disse que o Interpi contribuiu muito para que a produção na região fosse efetivada. "Trabalhamos intensamente nos Cerrados do Piauí. Fizemos muitas ações discriminatórias e de arrecadação. Fizemos, por orientação do momento, muitas ações discriminatórias administrativas. Elas não são boas porque não transitam em julgado. São ações que, por serem de natureza administrativa, sempre alguém pode reaver a situação, é diferente da judicial que transita em julgado, mas nem por isso perde a sua validade porque contribuiu com um eficiente serviço feito pelo Estado do Piauí na área dos Cerrados. Se os Cerrados produzem hoje de forma estrondosa, o Interpi tem sua parcela de contribuição". 

Sobre o impacto da regularização fundiária na produção e no desenvolvimento econômico do Piauí, Josué falou que a regularização das terras do Piauí tem importância primária porque dizem que o Piauí é a última fronteira agrícola do Brasil. "Assim sendo, boa parte dos grandes empresários do Brasil vão recorrer ao Piauí para a execução da sua atividade. Então, o impacto, tanto social, quanto financeiro e econômico, será muito grande na economia; e atualmente tem gerado dividendos financeiros e sociais no que diz respeito à geração de renda e emprego, que é o que o governo pretende com a regularização fundiária", concluiu Josué.   

Veja todas as fotos do evento na página do Interpi no Facebook: https://www.facebook.com/interpipiaui
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