Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação
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O diretor geral do INTERPI – Instituto de Terras do Piauí, Eng. Agrônomo Francisco Guedes, foi hoje (30) pela manha ao fórum do município de Campo Maior assinar, juntamente com José Alves, Gerente da Agencia do Banco do Nordeste naquela cidade, a escritura na qual o Estado do Piauí repassa uma área de 433 hectares para associação dos moradores do assentamento CONDAVE, localizado no município de Sigefredo Pacheco. “Esta é a primeira área, das cerca de 2 milhões de hectares de terras do Estado, que serão vendidas pelo sistema de Crédito Fundiário”, disse Guedes.
Na próxima quarta-feira (4), no palácio de Karnak, o governador Wellington Dias entrega oficialmente o cheque de R$ 434 mil ás 14 famílias beneficiadas com os investimentos para a compra da terra, construção de casas e projeto produtivo. Serão liberados R$ 19.447 mil para compra da terra, mais R$ 162 mil para infraestrutura, R$ 252 mil do PRONAF A, alem de R$ 14 mil para preservação ambiental. Os recursos serão liberados pelo Banco do Nordeste”, disse o diretor da CADES, uma ONG que está articulando a criação de 45 assentamentos somente na região de Campo Maior.
De acordo com Guedes, o governo pretende arrecada cerca de R$ 50 milhões com a venda das terras previstas na Lei Estadual Nº 5.484 de agosto de 2005. O dinheiro vai para o FIES – Fundo de Investimento Econômico e Social. “O governador determinou ao INTERPI, Credito Fundiário, PCPR – Programa de Combate a Pobreza Rural, dentre outros órgãos, que dessem prioridade para resolver os problemas que estavam dificultando a venda destas terras. Nós temos 39 propostas de associações de todo o Estado interessadas nestas aquisições pelo Crédito Fundiário, além de 205 demandas de investidores independentes interessados na compra direta”, disse Guedes.
Integração resolve problemas nas negociações
Há menos de um mês, por determinação do Governador Wellington Dias, as diversas entidades ligadas á Reforma Agrária no Estado do Piauí começaram a dar uma nova dinâmica aos procedimentos de vendas destas terras estaduais. “Aonde tiver gente assentada e que não tiver documentação das terras nós vamos nos empenhar para fazer a regularização destas áreas”, disse Francisco Guedes.
De acordo com o diretor da CADES, Edílson Santos, mais conhecido como “Edílson da Vargem” as dificuldades eram muitas. “Os funcionários do banco não conheciam o processo de liberação destes recursos e ficavam sempre dependentes dos técnicos do CF. Agora, não. O banco manda um funcionário com a gente para acompanhar o processo. Havia também o problema dos moradores se dizerem donos das terras e se recusarem a fazer parte da associação. Estamos identificando e mobilizando, em parceria com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, as comunidades de Vertente Pinga, com 10 familias; Guabuzi, com 30 famílias, além de mais duas comunidades nesta região”, finalizou Edílson.
30/03/07