Para ajudar a combater o déficit habitacional no Piauí que, segundo dados da Caixa Econômica Federal é de 90 mil casas populares, um projeto pioneiro esta sendo encaminhado no município de Oeiras, no sul do Estado. Ontem (28) o diretor geral do INTERPI – Instituto de Terras do Piauí, Francisco Guedes, e assessor técnico da COHAB – Companhia de Habitação do Piauí, Francisco Dourado, reuniram cem famílias cadastradas pela COHAB para discutir os últimos encaminhamentos da construção, em regime de mutirão, de 100 casas populares, numa área de 7 hectares, situada no bairro Barrocão, naquela cidade.
O evento aconteceu no auditório do Centro Paroquial da igreja Sagrada Família e contou ainda com a participação do Pe João de Deus, Eng.Carlos Alberto, assessor do deputado estadual Assis Carvalho, Vereador Espedito Martins, dentre outras lideranças do município. “Eu tenho muito fé em Deus que vai dar certo. Se precisar, eu tenho dois irmãos que podem me ajudar a construir a casa”, disse Delmaí dos Santos, que já morou na área e quer voltar.
Cada casa vai ser construída numa área de 10X30 e vai custar R$ 7.500 mil tendo ainda área para a construção de escola, posto de saúde, praça, dentre outros. A proposta faz parte do programa Semeando Moradia, que visa aquisição de material de construção para construção de casas populares. Pela proposta, 75 % é custeado pela CEF - Caixa Econômica Federal e 25% entra como contra-partida do beneficiário. “Neste caso, a novidade é que o mutuário vai pagar com a sua própria força de trabalho em regime de mutirão”, argumenta Guedes.
De acordo com o diretor, o Estado entrou com a compra da área, depois que o INTERPI verificou que a terra era realmente de particulares. “Em 2005, devido a uma intervenção minha e do Assis Carvalho, o governador autorizou a compra da terra. Em seguida, uma equipe de assistentes sociais selecionou 100 famílias, das 400 inscritas. Agora, a rapidez deste trabalho vai depender da organização dos beneficiários. As casas serão construídas em grupos de 10 famílias. Para isso, foram indicados 10 representantes de cada grupo. A idéia ainda é que essas famílias sejam capacitadas em projetos de geração de renda como a criação de galinha caipira e outros ”, disse Guedes.
A seleção das famílias teve como critério de prioridades os portadores de deficiência, os idosos, as mães solteiras, alagados, dentro outros afins. As casas vão ser construídas com dois quartos, uma cozinha, sala e varanda. A exigência do projeto é que cada família tenha que, efetivamente morar no local. “Vocês tem que morar lá. Não pode vender nem alugar. Senão vai perder a casa”, finalizou o vereador Espedito Martins.
Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação do INTERPI
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01/o3/07