De acordo com a coordenadora fundiária do Instituto, Regina Araújo, o Mudubim já foi cadastrado no SIPRA – Sistema de Informação de Projetos da Reforma Agrária e, segundo ela, o Sipra é uma porta aberta para os benefícios da Reforma Agrária. Inicialmente serão investidos R$ 2.400 mil por família, no total de R$ 81.600 mil oriundos de recursos que visam apenas retorno social. “Tivemos alguns problemas no cartório local para liberação da documentação destas terras, que ficam nas fazendas estaduais. Mas, tudo foi resolvido”, disse Regina.
Ela explica ainda que “esse dinheiro deve chegar nos próximos meses e deverá ser utilizado, de acordo com o Plano de Aplicação, na compra de alimentos (R$ 400 mil) e na compra de equipamentos de trabalho (R$ 2.000 mil). Eles podem ainda optar pela compra coletiva de equipamentos como um trator ou a perfuração de um poço”, explica Regina.
A coordenadora disse que mais R$ 400 mil estão previstos para serem aplicados na construção de habitação no local, além dos créditos do PRONAF/A - Programa Nacional de Apoio da Agricultura Familiar, que prevê R$ 18 mil por família para aplicar em projetos produtivos. “Neste caso, só de recursos do PRONAF – A, estas famílias podem ter R$ 648 mil. Já os R$ 400 mil, metade dos recursos, são do Crédito Habitação no valor de R$ 5 mil por família e R$ 7.500 mil são oriundos de um crédito da CEF - Caixa Econômica Federal”, disse Regina.
Ela acrescenta que nestes créditos os beneficiários tem de 15 a 20 anos para pagar. Tem ainda de três a 5 anos de carência e 50 % de desconto, se o pagamento for feito em dia. “A prestação fica em torno de R$ 5,00 por mês, um preço extremamente baixo. Queremos que estes assentados, na próxima safra, já estejam produzindo com mais qualidade. Só depende da organização deles”, finaliza Guedes.

Por José Marques de Souza Filho
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22/01/07